Economia
Ao longo do seculo XX Alcantarilha constituía um grande potencial na industria tradicional do figo, em quantidade e qualidade.
O ciclo do figo iniciava-se em outubro, com a ripa das folhas (destinadas á alimentação do gado vacum). Em janeiro decorria a cava e a degoma da figueira para tornar os figos mais grados. Em abril, arrasava-se e raspava-se; em junho tocava-se as figueiras. A apanha do figo decorria entre agosto e setembro; a partir de S. Miguel (29 de setembro), rebuscavam-se os figos. Depois de apanhados, ficavam a almeixar nas esteiras e fazia-se a escolha.
Podemos, ainda que superficialmente, ter uma ideia de Alcantarilha em 1933, dominada pela sua principal atividade comercial, os frutos secos, aos quais se juntavam frutos verdes, cereais, legumes, azeite e gados
Tendo o figo, a amêndoa, a alfarroba, o azeite, a ervilha, a laranja e a tangerina como principais produções e com exportação em larga escala, destacavam-se uma serie de casas comerciais e industriais ligadas aos frutos secos, cereais, legumes e azeite, entre as quais a de Torcato Narciso Oliva, estabelecido no emblemático Fumeiro, arrendado a Joaquim Soares Franco.
Além dele, eram conhecidos outros produtores como Inácio José de Mendonça e Salvador Gomes Vilarinho, este estabelecido na sua Quinta das Boiças, em Alcantarilha.
Atualmente a caracterização económica de Alcantarilha baseia-se essencialmente no sector comercial e agrícola, nomeadamente nas culturas de citrinos, frutos secos e outros, onde se destaca a plantação dos citrinos, vinha de mesa e nas culturas temporárias destaca-se o trigo, milho, entre outras culturas.
No sector secundário hoje com grande decadência conta apenas 24% de população ativa.
No sector terciário o comércio com grande crescimento nestes últimos anos, com uma população ativa acima dos 40% graças ao aumento de lojas do pequeno e médio retalho e do turismo podemos assim concluir que este sector deverá ser o verdadeiro motor de desenvolvimento da freguesia.