Capela das Artes
O solar ou casa senhorial da Quinta da Cruz, com características arquitetónicas que vão do século XV ao XIX, é um exemplo representativo da conjugação da arquitetura rústica e erudita das residências de famílias ilustres algarvias.
Seguindo a tradição da casa rural algarvia que, inicialmente, no século XV, seria térrea, mas que depois passou a ter outro piso, destacam-se os característicos telhados de tesouro e oratório interior com cúpula em forma de calote esférica, no piso superior, como é o caso da Quinta da Cruz. Esta capela privada foi consagrada em 1791 pelo bispo do Algarve, D. Francisco Gomes Avelar.
Foi propriedade da família Mascarenhas e, como outras casas agrícolas, teve um papel de relevo na economia local, com destaque para o seu lagar de azeite, um dos únicos existentes em Alcantarilha em finais do século XVIII, com a particularidade de ter sido o primeiro a trabalhar a vapor existente em Portugal. Destacam-se, na quinta, um poço histórico, que abasteceu Alcantarilha de água durante séculos.
Imóvel de Valor Concelhio, hoje adaptado a complexo turístico rural, atualmente a Quinta da Cruz denomina-se Capela das Artes e representa um interessante investimento de recuperação de um imóvel que estava completamente devoluto e que agora passa a aliar as artes ao turismo, num hotel de vocação cultural e artística.